domingo, 31 de dezembro de 2017

São Silvestre do Porto

Chegou o dia da tão esperada prova na cidade invicta: São Silvestre da Cidade do Porto.

Confesso que estava empolgado com esta prova, pela participação imensa de atletas, tendo havido mais de 8000 atletas a percorrer estes 10km - O que fez da São Silvestre do Porto a São Silvestre mais concorrida do País. Isto fez com que fosse muita gente. Muita gente mesmo.

A minha ideia era ir de carro para o Porto e deixar o carro no parque da trindade. Teria sido uma excelente ideia, caso tivesse ido um pouco mais cedo e não tivesse apanhado tanto trânsito na baixa portuense. Desisti da ideia e deixei o carro na Casa da Música e optei por ir de metro. Entretanto tive de voltar ao carro para deixar as tralhas e levar só o essencial. Poderia ter deixado tudo no Guarda Roupa que estava preparado pela runporto. Um amigo meu que estava comigo até lembrou isso. Mas como tinha de ir obrigatoriamente ao carro, fica para a próxima. 

Entretanto, junto já do resto do grupo que ia participar na corrida, depois de um aquecimento porque estava, definitivamente, frio, seguimos para as respetivas entradas. Fiquei na entrada A (abaixo dos 50'), e como estava lá às 17h30m, quando permitiram a entrada, deu para ficar praticamente nos primeiros metros da frente. Isto foi uma grande mais valia, porque aquando da ordem de partida, não precisei de estar a tentar ultrapassar pessoas que não tinham o mesmo ritmo do que eu. Acho que nunca demorei tão pouco tempo a passar a linha da meta no início, e nunca pensei que assim fosse numa prova com esta dimensão. Estava à espera de demorar uns bons minutos a fazê-lo.


Apesar de nunca ter feito o percurso, sabia mais ou menos para o que ia. Muita subida nos km's iniciais e depois estabilizava um bocado.  Foi ao km 3 que fiz o meu pior ritmo médio por km da prova: 4m56s. A verdade é que acho que estas subidas me deram cabo das pernas, mesmo que até tenha ido num ritmo confortável. A dada altura, a caminho da avenida da boavista, prestes a fazer o retorno, as dores na perna direita eram imensas, e a vontade de parar aumentava a cada passo que dava. Parecia que não ia conseguir correr mais. Parecia, porque na verdade, fui conseguindo. Tive que abrandar um bocado o ritmo, para que não tivesse de me forçar a parar. Aos poucos fui-me esquecendo das dores nas pernas e fui indo. Nestes momentos de tormento, consegui manter um ritmo na média dos 4m51s. Na altura pensei que tivesse a ser pior (eu nem olhava para o relógio). 

Prestes a terminar, a descida do Túnel de Ceuta também foi problemática. Como aqui já disse, tenho algumas dificuldades com as descidas. Então nem sempre dou o máximo a descer, e aqui não o fiz. Depois ao longo do túnel, foi pacífico. Pior mesmo foi ter de subir o final do túnel. 



Mas, após isso, a meta estava próxima. Estava na hora de dar tudo. Desci a avenida dos aliados à maluco, cheio de pica. Fiz a curva e continuei. Estava exausto, sim. Mas acho que ainda dava para mais. Até que vi ao longe a placa a dizer "47" e qualquer coisa e pensei literalmente "já não dá para a marca pessoal, então vou nas calmas agora". E a verdade é que nunca cortei a meta a um ritmo tão lento. Sim, naquele bocado fui a cerca de 6min/km. 

Terminei com um tempo líquido de 47min35s. Para mim foi bom. Não foram os 45' feitos em Braga, mas fiquei satisfeito. Aos poucos o meu ritmo vai ficando mais consolidado.

Aproveito para parabenizar a Runporto pela organização. Por impossibilidade de o fazer antes, levantei o kit no próprio dia, antes da prova, e foi rápido e eficaz, sem filas de espera. A organização dos diferentes postos para a entrada da prova estava bem definida, e houve rigor na entrada dos atletas - quando entrei só entrava quem tivesse a indicação no dorsal. Parabéns também pelo momento no Túnel de Ceuta... Uma autêntica festa em plena prova.
E a medalha? Lindíssima!




Para a semana será a São Silvestre de Espinho.

Corro hoje, não deixo para amanhã!

sábado, 23 de dezembro de 2017

São Silvestre de Viana do Castelo

Mais um fim-de-semana, mais uma corrida.

Este mês de dezembro está a ser recheado de (boas) corridas. Mas com tantas, é preciso fazer opções. Estava indeciso em participar na São Silvestre de Viana do Castelo ou na de Famalicão. Fiquei-me por Viana, uma cidade de uma beleza extraordinária, que gosto sempre de visitar. Se for para correr, junta-se o útil ao agradável.

Destaco o tempo (meteorológico) que se fazia sentir. Uma temperatura amena fantástica. Foi bom correr de calções e tshirt em pleno inverno, sem sentir frio. Já tinha saudades, confesso, de correr com pouca roupa. 

Esta corrida ficou marcada por alguns erros da minha parte, apesar de ter andado a ver o percurso no maps desta vez. 


Comecei mal, comecei muito mal. Não sei bem porquê, mas comecei logo a dar tudo, nos três km iniciais. Tanto que estava a fazer um ritmo abaixo dos 4m10s/km, tendo no terceiro baixado dos 4min/km. Apesar de o percurso ser acessível, este início sem cabeça ditou a minha sentença para o resto da prova. Não que tenha sido mau, mas andei ali pelos 4m45s/km nos restantes o que, apesar de não ser mau, poderia ter sido bem melhor. Houve alturas emq ue queria dar mais mas, não estava a conseguir. Sentia-me cansado. 


Não melhorei o meu tempo nesta prova, mas mantive perto do meu último melhor resultado. Fiz (de acordo com o polar) 45m12s. Não foi mau, aliás, foi ótimo, ter conseguido manter este resultado. 

Por outro lado, o corpo também tem acusado algum desgaste físico, o que é natural. Tenho participado em provas quase todas as semanas - onde o esforço, o desafio e a superação tende a ser maior, mais os treinos durante a semana, mais o trabalho onde não estou, de todo, descansado...

O meu joelho, a dada altura, também começou a dar sinal de cansaço, pelo que noutras alturas, não consegui aumentar o ritmo mesmo por causa do joelho.

Mas foi uma prova que, no geral, correu bem. Houve erros da minha parte, sim, mas que servem de aprendizagem para as provas futuras. 

Para a semana, será a São Silvestre do Porto. A ver como "corre"!

(Fotografia: Miro Cerqueira )

Corro hoje, não deixo para amanhã!

domingo, 17 de dezembro de 2017

São Silvestre de Braga

Rumei, juntamente com as minhas amigas que iam fazer a caminhada, rumo à São Silvestre de Braga. 

Levantamento dos Dorsais - Check. 
Lanche numa pastelaria típica (que não me lembro do nome) - Check.
Trocar de roupa - Check.
Creme para eventuais dores - Check.

Estava tudo pronto.
Seguimos para o ponto de partida, elas seguiram para a entrada da caminhada (que na realidade, por engano, juntaram-se por engano entre os atletas da corrida e, para não serem atropeladas pela multidão, correram ainda alguns metros), e eu para a box abaixo dos 50. Realço que não houve qualquer tipo de confusão neste momento, havendo uma grande organização na entrada e verificação dos dorsais dos corredores. 

A prova iniciou-se e eu às aranhas no que diz respeito ao percurso. Não conhecia nada. Não sabia quando ia subir, nem quando ia descer. Não sabia se as retas eram muito grandes, ou curtas. Mas, lá fui. 

Esta foi também a primeira vez que usei o polar, por isso conseguia controlar mais o meu ritmo ao longo da corrida. 

Fui mantendo o meu ritmo em torno dos 4m30, apesar de ali entre o terceiro e o quarto quilómetro ter exagerado um pouco e ter descido para os 3m58s, o que depois trouxe algumas consequências nos quilómetros seguintes, porque baixei um pouco o ritmo. 

O percurso não foi fácil, havia várias subidas e descidas para as quais não estava preparado, porque não sabia que existiam, e algumas era realmente íngremes. Se tivesse adequado o meu ritmo antes, talvez tivessem sido mais fáceis. Fica a aprendizagem. 

O ponto de superação desta prova foi a Rua de Santa Margarida que, para quem não a conhecia, parecia interminável. Quanto mais subia, mais tinha para subir. Cheguei ao fim, cansado. Mas com uns segundos de recuperação tentei recuperar. E fui recuperando. Daí até ao final, pouco faltava. 

A pouco tempo da chegada, foi hora de fazer o sprint final, apesar de estar cansado. Ao longe, quando vi que estava nos 45min... bom, acho que nunca corri tão depressa na minha vida. 

E bati o meu recorde pessoal: 45m08s. Cerca de 1m30s melhor do que a minha última prova, na semana anterior. 

Foi uma sensação de realização espetacular. Ainda tenho muito para melhor, sim. E mais do que isso, quero melhorar. Mas o superar estas metas é indescritível. 

Não corro para ficar em primeiro lugar, nem em segundo, nem em terceiro. Corro porque a sensação de liberdade que sinto quando corro é impagável! E isso, ninguém me pode tirar.

Corro porque me quero superar a cada dia. 

Corro hoje, não deixo para amanhã!

domingo, 10 de dezembro de 2017

60ª Volta a Paranhos - Porto

Dezembro inicia-se e uma quantas provas se aproximam.


Hoje venho descrever a minha participação na Volta a Paranhos, a mais antiga prova do país. Para mim, a primeira participação, mas uma prova que já conta com 60 edições.  Confesso que a minha inscrição para a prova foi à última da hora. Por um lado queria ir, por outro não. Mas, a vontade de estar presente foi mais forte do que o resto, porque aqui o que mais importou foi: correr!

Apesar de conhecer algumas ruas de Paranhos, grande parte do percurso era para mim desconhecido, por isso senti a necessidade de fazer o percurso via Google Maps, lentamente, para perceber onde iria ter subidas. Estava consciente da dificuldade que se avizinhava. 

No dia da prova, sexta-feira, dia 8 de dezembro de 2017... não era propriamente o melhor dia para sair de casa. Estava frio... chovia... Mas, vamos lá!

Depois de estacionar, fiquei a 1km mais ou menos do ponto de partida, e ainda tive de dar uma corrida para aquecer até ao local. Cheguei, faltava pouco tempo para a partida. Dirigi-me para a minha box (sub50) quando não me permitiram a passagem, por não ter a identificação do dorsal. Algo aqui falhou, uma vez que eu entreguei o comprovativo de tempo aquando da inscrição. Tive que ir para o final. Nada de grave. 

A prova começou. Alguma gente à minha frente no km inicial, logo foi mais difícil começar a passar à frente muitas delas numa fase inicial e entrar no meu ritmo. Mas, tudo a seu tempo. Fez-me falta a música, que não levei. E também me fez falta controlar o ritmo. Felizmente, o pulsómetro deve estar prestes a chegar!

A primeira parte da prova foi acessível, apesar de cansativa por ter ligeiras subidas. Depois de voltar a passar o Polo Universitário, aquela subida, agora mais longa, ainda nem a meio da prova, foi desafiante. Apesar de um pouco cansado, penso que consegui manter um bom ritmo nessa subida, tendo abrandado apenas alguns segundos no seu final. Com uma ou outra subida pelo meio, chegou-se uma parte mais plana, que deu para voltar a entrar num ritmo confortável. Entre o Km 7 e 8 chegou o verdadeiro teste, para mim. Uma subida, pareceu-me mais curta mas com maior inclinação, e serviu para testar a minha resistência. E consegui fazê-lo a um ritmo também muito bom, sem grande desânimo. No final dessa subida recuperei mais um pouco e dei por mim a pensar "Hey, não estou cansado. Acelera Fábio. Acelera!!". E foi o que aconteceu.

Daí até à meta foi mais um pouco. Não tivesse o chão molhado, não houvesse algum piso em paralelo, naquela reta final, teria dado um sprint maior, mas o receio de escorregar e cair falou mais alto. E, aqui, reinou o bom senso.

Terminei a prova com um tempo líquido de 46m23s, o que para mim foi mais uma conquista. Melhorei em mais de 1 minuto o meu tempo na última melhor prova que fiz de 10km, em Espinho, com um tempo de 47m38s. Não pensava atingir o meu recorde pessoal nesta prova, tendo em conta a sua dificuldade. Mas consegui. A verdade é que a preparação que tenho agora é já diferente daquela que tinha há um mês. 

Agora, que venha a S. Silvestre de Braga e do Porto.

(Fotografias: Maria João )


Corro hoje, não deixo para amanhã!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Fui correr com o Running Espinho

Apesar de gostar de correr sozinho, às vezes sinto falta de correr em companhia, pelo espírito que se vive, pelo companheirismo, pelo desafio constante... Dei por mim a pensar que gostava de integrar um grupo de corrida.

Algumas pesquisas online fizeram-me perceber da existência de alguns grupos, nenhum propriamente na zona onde vivo. Mas a ter de me deslocar, poderia escolher. Deparei-me com o Running Espinho, uma equipa que junta semanalmente imensa gente em torno de um gosto comum: corrida/ caminhada. Já tinha ouvido falar desta equipa. E em todas as provas em que participo, há sempre alguém do Running Espinho a participar. E isso é ótimo, porque eu gosto de participar em provas, tendo companhia, ainda melhor.

Decidi arriscar e aventurei-me no passado dia 5 de dezembro, em aparecer num treino. É de entrada livre. 

Em apenas uma experiência dei por mim a pensar: voltarei, de certeza. Em primeiro lugar esta equipa junta mesmo imensa gente. Percebi que existe aqui um verdadeiro espírito de camaradagem entre todos, havendo já relações de amizade consolidadas. Não é um grupo fechado, bem pelo contrário, está pronto para receber todos aqueles que quiserem participar. E isto nota-se facilmente. Apesar de não ser um grupo profissional, destaco o grande nível de organização presente neste treino, e que presumo que seja extensível a todos os outros. Existem vários sub-grupos, que partem em alturas diferentes, com objetivos diferentes, seja em ritmo como em distância.

Neste dia, optei por integrar o grupo dos 10k a 5m30s, apesar de estar próximo de fazer menos um minuto. Como tinha a Volta a Paranhos na sexta-feira, não quis arriscar muito e não cansar muito o corpo, para que tivesse o mais em forma possível nesse fim-de-semana prolongado. Foi um bom treino, pacífico, sem grandes dificuldades. E o espírito do grupo ajudou. 


(Fotografia: Running Espinho )


Corro hoje, não espero por amanhã!

Meia Maratona de Matosinhos

Já há muito tempo que queria fazer uma Meia Maratona. Ok, não é assim há tanto tempo, uma vez que corro há relativamente pouco. Mas, desde ...